As Viúvas do Muro Fatídico
Lino Tavares Faz hoje 25 anos que um "divisor de águas" macabro tombou a marretadas, devolvendo aos habitantes de uma mesma cidade o direito de ir e vir ao longo de suas praças, avenidas e outros logradouros, sem as restrições impostas pelo império da prepotência representado pelo implacável regime comunista do Leste Europeu. Reporto-me - é notório - ao Muro de Berlim, mundialmente conhecido como "Muro da vergonha".
Mais do que um símbolo da tirania extremista comandada por Moscou, o gigante de concreto que tanto sofrimento causou aos berlinenses, dividindo famílias e matando quem ousasse transpô-lo, representa um fato real, palpável, indesmentível, capaz de provar o grau de perversidade da doutrina idealizada por Carl Marx e encampada pela Revolução Russa de 1917, da maneira mais sórdida possível, para substituir a monarquia dos czares por algo ainda pior.
Agora que já se passaram mais de duas décadas de sua festejada derrubada, o Muro de Berlim passa a figurar como um marco importante dos dias sombrios da Alemanha dividida, e se torna um dado histórico utilíssimo que funciona como uma espécie de 'xeque mate" contra os que, por teimosia ou fanatismo doentio, precisam ser contestados com veemência acerca de posições assumidas em defesa daquele império do mal que caiu de podre no Leste europeu. Na triste e perigosa realidade política e institucional vivida hoje no Brasil, estamos divididos infelizmente entre os que comemoram a queda do Muro de Berlim e os que, fingindo nem se darem conta dessa data histórica, regozijo dos povos livres, permanecem silentes, como se estivessem vivendo um dia de luto pelo falecimento de um ente querido que partiu há 25 anos.Para tristeza do povo livre (pelos menos por enquanto) e democrático do Brasil e infelicidade geral da nação, incluem-se entre essas "viúvas do Muro de Berlim", por questão de afinidade ideológica, a mais alta autoridade deste país, simbolizada na figura da presidente Dilma Rousseff, que viveu sua juventude como guerrilheira comunista, tramando contra a democracia brasileira, e hoje empoleirada no poder se constitui em ameaça real à implantação de um regime totalitários de matiz esquerdista em nosso desgovernado e quase desmilitarizado território nacional.
Agora, mais do que nunca, "com a faca e o queijo na mão", para concretizar seu antigo sonho ditatorial, a partir da conquista de um segundo mandato na recente e polêmica eleição,cujo resultado, estranhamente, bateu de frente com a vontade dos segmentos populacionais que trabalham e produzem para sustentar os quase 200 milhões de brasileiros e o "satus quo" da cúpula dominante, que se dá ao luxo de saudar o regime que construiu o Muro de Berlim, desviando recursos brasileiros que fazem falta na solução dos graves problemas nacionais, para a construção de um super porto na cinquentenária ditadura dos Irmãos Castro, herança maldita deixada em terras caribenhas pelo também "falecida" União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.